ESG ambiental - ESG e o Capitalismo de Stakeholders

ESG é uma sigla que se refere a questões ambientais, sociais e de governança corporativa, que cada vez mais ganha relevância para as empresas.

Decompondo e traduzindo, a sigla temos:

  • E- Environmental(Ambiental);
  • S- Social (Social);
  • G- Governance (Governança).

De forma geral, podemos dizer que o ESG trata das práticas da empresa voltadas para o meio ambiente, a responsabilidade social, o impacto da empresa na sociedade e a conduta corporativa.

Nos últimos anos, a questão da sustentabilidade tornou-se uma pauta obrigatória para as pessoas, para o governo e também para o mercado.

Qual a importância do ESG para as empresas?

A grande maioria dos executivos (mais de 80%) considera que programas ESG contribuem com aumento de valor para os acionistas.

Outro fator fundamental é que as questões ESG são consideradas essenciais nas análises de riscos, nas decisões de investimentos de bancos, fundos de pensão e investidores internacionais.

Como podemos ver, o ESG está intimamente ligado à Sustentabilidade Empresarial.

O que é capitalismo de stakeholders?

Atualmente vivemos um momento de transição do capitalismo de acionistas ( que visa o lucro de qualquer forma, a qualquer custo) para o capitalismo de stakeholders (que valoriza as partes interessadas, tais como: funcionários, parceiros, comunidades locais, meio ambiente).

“Capitalismo de stakeholders é uma forma de capitalismo em que as empresas buscam criar valor a longo prazo, levando em consideração as necessidades de todas as partes interessadas e da sociedade em geral”.

Klaus Schwab – Presidente do Fórum Econômico Mundial

A ideia central do capitalismo de stakeholders é que as empresas passem a produzir resultados positivos para os negócios, para a economia, para a sociedade e para o planeta, atingindo de forma benéfica todas as partes interessadas.

Como demonstrar a aderência ao ESG

Para demonstrar que uma empresa tem compromisso com a agenda ESG, basicamente devem ser observadas métricas que tratem de:

  • Governança: tais como princípios de ética, combate à corrupção.
  • Pessoas: como a empresa trata seus funcionários, questões de diversidade, oportunidades para todos, etc.
  • Planeta: gestão de resíduos, consumo de energia, etc.
  • Prosperidade: como a empresa afeta o bem estar da sociedade.

Embora ainda não exista uma padronização para avaliar se uma empresa realmente incorpora boas práticas de ESG, as grandes empresas de investimento desenvolveram  metodologias próprias, existem os sites de avaliação (rating), índices de bolsa e as certificações.

Atualmente existem diversos índices  e normas que podem ser usados para aferir o comprometimento com as práticas ESG, tais como:

  • GRI – Global Reporting Iniciative
  • Task Force on Climate-related Financial Disclosures (TCFD)
  • Normas ISO 14000 (Ambiental)
  • Normas ISO 26000 (Responsabilidade Social)
Índice de Sustentabilidade Empresarial

A Bolsa de Valores de São Paulo criou o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE B3). Esse índice é um ranking que analisa sustentabilidade corporativa das empresas listadas na bolsa de valores brasileira.

A responsabilidade social das empresas

A questão da responsabilidade social é tão importante para as empresas que cada vez mais os fatores de impactos  sociais e ambientais estão sendo levados em consideração na hora da tomada de decisão.

A Norma Internacional de Responsabilidade Social: ISO 26000  conceitua responsabilidade social da seguinte forma:

A responsabilidade social se expressa pelo desejo e pelo propósito das organizações em incorporarem considerações socioambientais em seus processos decisórios e a responsabilizar-se pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente. Isso implica um comportamento ético e transparente que contribua para o desenvolvimento sustentável, que esteja em conformidade com as leis aplicáveis e seja consistente com as normas internacionais de comportamento. Também implica que a responsabilidade social esteja integrada em toda a organização, seja praticada em suas relações e leve em conta os interesses dos stakeholders.

A aderência à norma ISO 26000 propicia muitos benefícios para a empresa pois propicia a melhoria no relacionamento com clientes, fornecedores, comunidade local onde a empresa opera, governo, além de melhorar a gestão de riscos.

Conclusão

A agenda ESG é fundamental para que a empresa se mantenha competitiva no longo prazo, pois entrega valor para clientes, sociedade, meio ambiente e demais partes interessadas, tornando a empresa mais bem vista pelos investidores.

Referências:

https://www.globalreporting.org/

Cruz, Augusto. Introdução ao ESG: meio ambiente, social e governança corporativa. Grupo Editorial Scortecci.

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