empresas endividadas - Cenário econômico atual dificulta a recuperação das empresas

A pandemia e a instabilidade econômica contribuem para a deterioração das contas das empresas aumentando o endividamento e diminuindo o faturamento.

No período da pandemia o faturamento caiu para a metade ou menos até para 52% das empresas, por outro lado, o endividamento aumentou em mais de 80%.

Essa é uma combinação perigosa para a saúde financeira das empresas.

Diversos fatores contribuíram para esse cenário, entre os principais podemos citar:

  • Redução do consumo;
  • Falta de matéria-prima;
  • Alta de preços;
  • Margens de lucro insuficientes;
  • Descapitalização da empresa.

Guerra causa inflação e juros mais altos

No presente momento,  as consequências da Guerra da Ucrânia, fizeram os preços dos combustíveis e alimentos dispararem aumentando a inflação e os juros.

Com juros mais altos as empresas tem cada vez mais dificuldades de financiar suas atividades.

Pequena melhora

Atualmente, houve uma pequena melhora no preço dos combustíveis e a inflação está diminuindo o ritmo, bem como o acordo entre Rússia e Ucrânia para o corredor de exportação de grãos melhora o cenário, porém alívio ainda é muito pequeno para trazer resultados no curto prazo.

Juros continuam altos

Os altos juros e a imprevisibilidade dos negócios dificultou o equilíbrio do caixa ao mesmo tempo que derrubou o faturamento das empresas que acabaram se endividando.

A recuperação de uma empresa endividada demorava em torno de 8 meses, alongou-se para mais de dois anos devido à situação primeiramente da pandemia e depois da guerra.

As incertezas devido às eleições também contribuem de forma negativa para o cenário, de tal forma que o problema deve ainda estender-se para o ano que vem, quando a situação vai começar a amenizar paulatinamente.

Melhora no quadro de juros prevista só para 2023

Para o final do ano de 2023, estima-se que a taxa de juros caia para 11% ao ano, trazendo um pequeno alívio. Já para 2024 e 2025, a previsão é melhor com Selic em 8% ao ano e 7,5% ao ano, respectivamente.

Pronampe 2022