protecao ambiental - 0 mercado de créditos de carbono

O conceito de Credito de Carbono surgiu em 1997, baseado no Protocolo de Kyoto, com o objetivo de diminuir a emissão de gases do efeito estufa.

O que é o crédito de carbono?

A cada tonelada de gases do efeito estufa não emitida, gera-se 1 crédito de carbono.

O crédito de carbono é uma espécie de moeda usada no mercado de carbono. Empresas que possuem um nível alto de emissão e poucas opções de redução compensam suas emissões comprando créditos de carbono. É uma forma de ajudar em outro projeto de redução de forma indireta e contribuir para o desenvolvimento sustentável.

Empresas que enfrentam situações onde as emissões são inevitáveis podem comprar créditos de carbono para fazer a compensação e garantir a neutralização das emissões.

Valoração de crédito de carbono

Matheus Marapodi, em seu livro: O Mercado de Créditos de Carbono no Brasil, cita o  “Relatório do Grupo de Trabalho de Peritos dos Estados Membros da Comunidade Europeia sobre a utilização de instrumentos econômicos, fiscais e Política Ambiental” do qual se extrai o seguinte trecho:

“Se os recursos ambientais forem adequadamente valorados os custos de utilização do meio ambiente serão levados em conta nas tomadas de decisões econômicas privadas. Isso sugere que os recursos ambientais sejam utilizados em quantidades “sustentáveis”, já que seus preços serão baseados na sua escassez e será colocado um valor apropriado sobre os recursos não-renováveis. Os instrumentos econômicos servem para corrigir os preços e mercado corrente através da internalização dos custos que são tratados pelos mecanismos de mercado.”

Como gerar créditos de carbono?

Na prática, um crédito de carbono é um certificado digital que comprova que uma organização impediu a emissão de uma tonelada de CO2 em um determinado período (ano).

Existem diversas formas de gerar créditos de carbono. Alguns exemplos são: substituição de combustíveis por biomassas renováveis, projetos de desenvolvimento sustentável que evitam o efeito estufa tais como: uso de energia limpa, campanhas para consumo consciente e para redução do nível de desmatamento. Todas essas iniciativas geram créditos de carbono.

O preço do crédito de carbono depende de fatores como: liquidez e transparência, sendo assim é preciso um projeto muito bem definido feito por especialistas.

BNDES e crédito de carbono

O BNDES pretende comprar no segundo semestre de 2022, aproximadamente 100 milhões em crédito de carbono.

Futuramente, o BNDES vai pedir aos clientes que quiserem um financiamento uma nova exigência: a contabilização dos gases de efeito estufa a fim de poderem receber o financiamento. A intenção é tornar possível entender o impacto ambiental de cada projeto financiado.

Referências

Matheus Marapodi, O Mercado de Créditos de Carbono no Brasil.

Tributação verde – como comercializar os créditos de carbono